Muitas lavouras não vão nem ser colhidas já que alto índice de avarias vai impedir a comercialização destes volumes. Trabalhos para próxima safra de soja 21/22 já começaram, mas estiagem já está prejudicando as atividades
A colheita da segunda safra de milho entra na reta final em Laguna Carapã no Mato Grosso do Sul com a confirmação das perdas de produtividade já esperadas devido as condições climáticas adversas enfrentadas ao longo do ciclo. Segundo o técnico agrícola da Casa da Lavoura de Dourados, Antônio Rodrigues Neto, o plantio da safra foi atrasado, o estado como um todo passou por uma seca muito forte e o município ainda registrou oito ocorrências de geadas neste inverno. Sendo assim, os 30% de lavouras que foram semeadas dentro da janela ideal produziram entre 70 e 80 sacas por hectare. Já os 70% restantes se dividem entre produtividades de 40/50 sacas por hectare, outras áreas com 20/30 sacas e algumas regiões onde nem haverá colheita. O especialista destaca que a qualidade dos grãos colhidos está muito baixa, os descontos por avarias muito elevados e muitos volumes não vão servir para serem comercializados. Ao mesmo tempo, os trabalhos para a próxima safra de soja 2021/22 já estão acontecendo com o recebimento de insumos e aplicações em solo de calcário, gesso, zinco e boro. Porém, as atividades de dessecação e aplicação de herbicidas está prejudicada em função do tempo na região.
Diante disso, e das características do solo com terra muita fria, Neto já acredita que o plantio da safra verão não vai poder começar no dia 15 de setembro, junto com o término do vazio sanitário.
Confira a entrevista completa com o técnico agrícola da Casa da Lavoura de Dourados.
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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